terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O amor.

Outro dia mesmo achei que não sabia mais escrever. Ou, pelo menos, não sabia mais sobre o que escrever. Demorou um pouco, mas finalmente entendi: desaprendi a falar sobre qualquer coisa senão o amor. Não é que eu não tente, não. Eu começo a digitar um monte de palavras confusas, que parecem não ter sentido algum quando juntas e, depois, apago e sigo minha vida. Porque parece que nada faz sentido quando não se trata de amor.
Amor é quando a gente sai de casa e tem a felicidade de presenciar um pai às gargalhadas com a filha, um casal de velhinhos tomando sorvete, como parecem fazer há anos. Amor é o presente dado, é o nervosismo da espera, é o respeito pelo outro. Amor é paciência. Amor é o reencontro de amigos, é andar por aí de mãos-dadas, rir sem ter motivo, chorar sem ter razão. Amor é sem vergonha. Amor é chuva, frio, edredom e filme. Amor é o que há de mais inesperado e incerto. Amor é preocupação e segurança. Amor são quatro letras para apenas duas pessoas. Amor é imprevisível e mora dentro do impossível. Amor é, enfim, não-saber e, ainda assim, fazer a mesma escolha todos os dias.

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